Ainda no meu último post me lamentava dos votos em branco, da indiferença política, entre outros flagelos "mínimos" que afectam as democracias ocidentais.
No entanto, se se quiser realmente saber o quão importante pode ser um processo eleitoral (ao invés desta palhaçada que cá anda) deve-se procurar mais longe. No Irão, por exemplo.
Recentemente, deram-se as eleições presidenciais lá. E, enquanto que por cá se anda com politiquices de meia tijela, por lá o cenário é bem diferente. Segundo este relato no Twitter, o actual presidente supostamente ordenou, entre outras coisas, a queima de umas quantas urnas de voto, o corte do acesso à Internet (este estudante em Teerão estava a usar uma ligação via satélite para colocar os updates no Twitter), a vigia das linhas telefónicas, entre outras coisas.
Obviamente que não é possível verificar a veracidade destes posts, mas não é difícil imaginar algo desse género a ocorrer por lá - afinal de contas, as televisões internacionais também já transmitiram relatos de manifestantes pró-Mousavi (o outro candidato, alegadamente a concorrer contra o Ahmadinejad) a serem dispersadas pela polícia, e de que realmente houve cortes nas vias de comunicação.
Também não é difícil imaginar de quem será a vitória (aliás, já se sabe). E andamos aqui nós com politiquices idiotas... nem imaginam a sorte (!!) que temos, por termos ao menos o direito de votar em quem cremos ser o candidato ideal! Os iranianos, nem por isso...
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