Jun 28, 2010

Carro furtado (parte 2)

Actualização: o carro em questão também já apareceu (ver comentários abaixo). Ufa!





Bem, é só para comunicar que o nosso carro (o referenciado no post anterior) apareceu! E, afinal de contas tinha já aparecido no próprio dia do roubo, no parque de estacionamento do antigo Carrefour da Afurada. Não tem danos de maior, para além de algumas mexericadelas no sistema eléctrico para o terem colocado a funcionar...

Mas infelizmente, a coisa não ficou por aí. Eles (sim, parece que se vê pela imagem do CCTV que é mais do que um...) abandonaram o nosso Uno, ainda com o motor a trabalhar, e foram roubar o carro ao lado - um Honda CRX. Foi pelos donos deste que ficámos a saber que o nosso carro tinha aparecido, porque infelizmente os meandros da polícia ainda possuem os rolamentos bem enferrujados...

Portanto, deixo aqui o apelo, especialmente aos meus leitores aqui da Maia (porque o carro em questão já foi avistado em Nogueira) - se virem um carro deste modelo (que é bastante raro, já agora), de cor azul, com ligeiros danos no lado direito e uma cadeirinha de criança no banco traseiro, é favor contactarem as autoridades. Obrigado!

Mais informação sobre tudo isto aqui.

Jun 24, 2010




Hoje de madrugada foi furtado o meu carro, um Fiat Uno 60, de matrícula 85-72-AP, do parque de estacionamento da estação de metro "Parque Maia". Agradeço que quem tenha alguma informação sobre o seu paradeiro informe as autoridades. Obrigado!

Apr 11, 2010

Pare, Escute, Olhe

Trailer Cinema "Pare, Escute, Olhe" from Pare, Escute, Olhe on Vimeo.



Ontem fui com o Ricardo ver um documentário ao cinema, sendo este o "Pare, Escute, Olhe". Tive bastante sorte por conseguir saber do filme, porque pelos vistos só vai estar por uma semana e em apenas
três salas de cinema a nível nacional. (bendito Transportes-XXI!)

A temática-alvo deste documentário é a linha do Tua, linha esta que é centenária e que percorre um traçado essencialmente "virgem", sendo por isso até bastante procurada pelos turistas (quando estes
sabem da sua existência, evidentemente - a própria CP não faz propaganda à sua própria infraestrutura, o que é uma pena). Esta linha, que infelizmente tem sido notícia pelos piores motivos (vários
acidentes que tiveram origem em falhas de material e infraestrutura) está em risco directo de ver parte do seu traçado amputado devido à construção de uma barragem no Tua. (como aliás já aconteceu no
ínicio dos anos 90, quando a própria CP retirou pela calada da noite o material circulante da estação de Bragança, e cortou dessa forma o trajecto entre Mirandela e Bragança...)

Bem, mas não me vou pronunciar em grande detalhe sobre o filme em si. Se, como eu, estiverem interessados no assunto, mesmo sem nunca lá terem ido (infelizmente, já nasci demasiado tarde para fazer o
trajecto Bragança - Mirandela, mas conto ir o mais brevemente possível fazer o trajecto que ainda resta, antes daquilo fechar definitivamente), vão ver o filme, que vale mesmo a pena!

E vale a pena, porquê? Para além de traçar um retrato de um Portugal envelhecido, abandonado (tanto pela população jovem, emigrante, como pelos políticos hipócritas que não têm quaisquer escrúpulos em
vender o bem-estar de uma população e património histórico e natural único em troco de lealdade partidária e outras contrapartidas!), tem imagens verdadeiramente deslumbrantes. Quase que me dá vontade
de meter o kayak no carro e ir já a correr para lá, só para descer aquele rio! (e depois regressar de comboio, evidentemente :))

Em jeito de conclusão, muito embora na opinião do Ricardo existam alguns "glitches" técnicos (a nível artístico, evidentemente; e eu, como sou um leigo na matéria, não apontei nada, evidentemente), é
um documentário extremamente interessante, lúcido e perspicaz. E só espero que algumas "sumidades" lá em Lisboa o vejam e caiam em si, e consigam desfazer o processo antes que seja tarde de mais (mas
isto já é sonhar alto de mais, bem sei...).

Porque se há coisa que me chateia, é o desperdício. Tanto o de vidas humanas (literal e metaforicamente) como o de recursos e infraestruturas. Uma barragem é assim tão importante que se tenha que dar
cabo de património que demorou anos a construir? (para não falar da própria envolvente natural, que demorou não dezenas de anos, mas alguns milhões!)

Enfim. Vejam o filme. E depois formem a vossa opinião. (não digo que *todo* o filme esteja de acordo com a minha opinião, visto que não partilho de um fundamentalismo tão exacerbado como aquele de
alguns partidos de extrema-esquerda, mas estou efectivamente contra todas as acções que visem destruir a nossa história e a vida das nossas gentes.)

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Por último, links:
- página oficial do documentário: http://www.pareescuteolhe.com/
- abaixo assinado, contra a construção da barragem: http://www.peticao.com.pt/vale-do-tua

Mar 27, 2010

Fumo, fumo e mais fumo...

Conforme já devo ter expressado várias vezes (se calhar mais do que deveria, ou de que seria razóavel!), sou completamente contra o tabaco (e outras drogas, efectivamente - o álcool passa, mas evidentemente com um uso responsável) e actividades que dele surgem.

Sinto-me ligeiramente orgulhoso de estar num país que, pelo menos, tem uma legislação anti-tabágica minimamente eficiente, quando comparado com outros países - fui a Espanha recentemente, e fiquei horrorizado ao entrar num café e deparar-me com 90% dos clientes a fumarem. Lá comi qualquer coisa, a custo, tentando não inalar aquela porcaria... Aqui em Portugal, ao menos, conseguimos que a maioria dos restaurantes e cafés não permitam fumadores a não ser que tenham sistemas de extracção adequados. Obviamente que existem inúmeros estabelecimentos que fazem vista grossa às normas (como sempre.., afinal de contas, estamos em Portugal, não é?), como bares e clubes nocturnos - mas não sou um frequentador habitual desse tipo de estabelecimentos (aliás, detesto quando, por algum motivo, lá tenho que ir - além do fumo, decerto não respeitam as normas relativamente ao ruído máximo permitido!), pelo que isso não me faz grande diferença.

No último século, nunca houve tanta informação sobre os malefícios do tabaco como agora. Enfisemas, cancros, problemas cardíacos,... é só escolher. E, parecendo quase um contrasenso, a maioria das pessoas que vejo a fumar são jovens (!), pessoas da minha idade, que na escola viram a ladaínha de "não fumes, não bebas em excesso, mantém-te longe das drogas" aí umas duzentas mil vezes!

E quem diz fumar, diz a quantidade de excessos que se cometem nas saídas nocturnas, nas festas académicas, etc... - mas isso já é matéria para futuras discussões, não me vou alongar aí.

Irrita-me (sim, não vou estar com meias palavras nem eufemismos) que, de cada vez que tenho que entrar ou sair do edifício da faculdade, me tenha que cruzar com uma horde de fumadores, e seja obrigado a respirar aquilo. Irrita-me estar à espera do autocarro com a pessoa do lado a mandar aquilo para cima de mim. Irrita-me estar simplesmente a andar no passeio e pronto, lá tive que me cruzar com um fumador!

E não me venham com histórias de que me estou a intrometer na liberdade dos outros. Consigo lembrar-me de umas quantas coisas que não posso fazer em público e que, no entanto, não fazem mal nem à minha saúde nem à dos outros. Se eu quisesse, por exemplo, fazer naturismo no dia-a-dia, será que me deixavam? [não é que tencione fazê-lo, é apenas for the sake of the argument.] Pois, obviamente que não, viriam logo com o “atentado ao pudor" e etcetera. No entanto, que eu saiba, além de poder apanhar uma constipação, o naturismo não faz mal, nem a mim, nem às pessoas com que me cruzo! Já o andar aí a passar de cigarro aceso...

Compreendo que no passado o acto de fumar tinha uma certa componente social associada - basta ver os filmes produzidos até meados dos anos 70, é raro o actor que não tem um cigarro ou charuto na boca. Mas hoje em dia? Quando já está mais que provado que fumar provoca uma série de malefícios a médio e longo prazo!

Claro que o dinheiro que o Estado retira dos impostos sobre o tabaco também não são simplesmente trocos - não há que ignorar que é uma quantia substancial que entra para os cofres do Estado dessa forma! No entanto, isto é apenas um empréstimo - só o dinheiro que vai ser gasto em assistência social e despesas médicas futuras nos mesmos cidadãos que, diligentemente, andaram a pagar os impostos sobre o tabaco que compraram...

Se alguém que, eventualmente, leia isto e seja fumador: pense um bocadinho. Actualmente existem tratamentos, e formas de acabar com isso. É preferível sofrer um pouco ao início do que ter um doloroso fim...
Se, por outro lado, for um não-fumador: continue a lutar pelos seus DIREITOS, porque do pouco que sei de leis, a saúde É um direito de TODOS!

Feb 17, 2010

Para variar um pouco o tema...

Hoje nada escrevo, vou é colocar a letra de uma música que está muito bem conseguida. Yusuf Islam, anteriormente conhecido como Cat Stevens, escreveu aqui um hino à paz (utópica?) e estabilidade mundial. E, se gostam da letra, porque não comprar o álbum? (parte das receitas revertem para projectos de solidariedade da fundação dele em países como o Afeganistão, a Bósnia ou o Iraque...)

Maybe There's A World
Yusuf Islam

I have dreamt of a place and time,where nobody gets annoyed,
But I must admit I'm not there yet but Something's keeping me going

Maybe there's a world that I'm still to find
Maybe there's a world that I'm still to find
Open up o world and let me in,
Then there'll be a new life to begin

I have dreamt of an open world,
Borderless and wide
Where the people move from place to place
And nobody's taking sides

Maybe there's a world that I'm still to find
Maybe there's a world that I'm still to find
Open up a world and let me in,
Then there'll be A new life to begin

I've been waiting for that moment
To arrive
All at once the palace of peace
Will fill My eyes - how nice!

Maybe there's a world that I'm still to find
Maybe there's a world that I'm still to find
Open up o world and let me in,
Then there'll be A new life to begin

I've been waiting for that moment
To arrive
All at once the wrongs of the world,
Will be put right - how nice!

Jan 23, 2010

Uma boa leitura...

canoening

Hoje o post vai ser diferente. Para variar, não vou escrever uma coisa gigantesca em que me debato com problemas filosóficos, sociais ou simplesmente parvoíces e lamentações. Não!

Há coisa de umas semanas, descobri um artigo interessantíssimo no Art of Manliness (eu sei, pelo nome parece uma coisa ridícula mas o portal está recheado de artigos interessantes e moralizadores!) que registava os livros para "boys and young men" - ora, eu ainda me considero "young man", especialmente depois de um episódio que envolveu a minha pessoa ao volante do meu carro, vários polícias e uma grande confusão, em que achavam que eu não tinha idade para ter carta...

Mas voltemos à história. Lá surgiam uns quantos livros interessantes, entre outros clássicos (até lá vi umas ideias de livros interessantes a dar ao meu irmão e primos mais novos...). No entanto a minha atenção fixou-se num livro em particular, chamado "Canoeing with the Cree". Este livro, escrito por Eric Sevareid nos anos 30, baseia-se numa aventura que o próprio teve com um amigo, em que, acabados de sair do liceu, se lançam numa aventura de mais de 2000 milhas numa canoa comprada em segunda mão, atravessando vários rios e lagos desde o seu Minnesota natal até à baía de Hudson, no Canadá. E, devo dizer-vos: o livro é simplesmente brilhante, as descrições são vivas e extraordinariamente cativantes. Dá-me vontade de largar todos os meus assuntos pendentes e desaparecer da civilização, embarcando numa aventura deste género.

Aliás, o livro cativa gerações de forma tão indiscriminada que em 2005, a celebrarem-se os 75 anos da viagem, dois tipos resolveram repeti-la (se bem que a actualizaram um pouco para o século XXI, já que foram blogando todos os passos da viagem - ao invés de Eric e Walt, que quando conseguiam parar numa terrinha que tivesse distribuição de correio, lá se sentavam à máquina de escrever e mandavam a crónica para o jornal local que lhes financiou a aventura!).

É uma boa leitura, moralizante e cativante, especialmente nesta altura do ano em que todo o estudante universitário responsável em Portugal não sabe onde se há de meter, tal é o stress causado pelos exames... ora, à vista das belíssimas, imponentes e mortais paisagens do wilderness canadiano, todos os nossos problemas e preocupações mundanas assumem contornos absolutamente infinitesimais - e fazem-nos sentir pequenos, especialmente ao pensar que aquela canoa de 18 pés era uma migalha a flutuar na imensidão dos grandes lagos do norte da América.

Pronto, chega de escrever reviews (esta já é a segunda, escrevi uma bem mais sucinta no Shelfari). Em retrospectiva, só tenho pena de nunca ter tomado parte em algo comparável a esta aventura, e espero um dia poder vir a fazê-lo!

Jan 12, 2010

Olá!

Sim, é dessa forma que se deve começar uma entrada num blogue que há muito não actualizo (aliás, escrito desta forma até
parece que tenho mais do que um blogue, mas não - já não consigo dar conta do recado neste, quanto mais se lhe juntasse
mais uns quantos irmãos e primos!).

Deu para reparar, que o intuito do parágrafo acima foi o de, efectivamente, "encher chouriços". Honestamente, estou sem
pachorra para ler, escrever, ou fazer o que quer que seja - lembrei-me de escrever esta entrada já nem sei bem porquê..
ah, já sei, estou cheio de estudar para o exame de Mecânica Quântica, e, ao mesmo tempo, não me apetece ir já almoçar -
uma sobreposição de estados cuja única medição possível é a de escrever entradas idiotas num blogue que há muito não
actualizo.

Como deu para ver, já vou no terceiro (quarto, se contarmos com a saudação inicial) parágrafo, e ainda não escrevi nada
de interessante. É como estar a programar, sem saber bem o algoritmo que vou escrever, e ir importando módulos externos
às cegas...

Porque razão nunca consigo escrever uma entrada a sério nisto? Há um ente no meu ser que se debate para escrever algo de
interessante aqui (nem imaginam a quantidade de vezes em que, sonhando acordado, registo mentalmente "isto seria uma boa
ideia para colocar no blogue, para partilhar com o mundo..."), só para ver todas as suas tentativas bloqueadas por
alguém que insiste em apenas escrever disparates aqui! Faz lembrar os dois subentes que pairam sobre o Tom (sim, Tom, o
gato), um aconselhando-o para o bem e outro para o mal. (e eu não acredito que depois de ter escrito umas linhas tão
profundas, fui logo estragar tudo fazendo uma analogia com desenhos animados...)

É que, realmente, há tanta coisa que queria partilhar - é uma coisa em que penso frequentemente, a quantidade de coisas
que surgem na mente de uma pessoa, mas que esta (a maioria das vezes, inadvertidamente) retém para si mesma. Eu também
as retenho, a maioria das vezes porque não consigo ter a calma nem o tempo para as passar para texto, para uma
representação universal, não específica à minha pessoa...

Todos os dias me chegam notícias de locais que nunca visitei, pessoas que nunca conheci, vejo registos de tempos que não
vivi, e limito-me a absorver, sem nada exteriorizar. Ora, eu não me sinto bem com isso, como seria de esperar - estou
muito grato a essas pessoas que gastaram algum do seu tempo a partilhar com o mundo determinado pensamento, determinado
ponto de vista, e gostaria de retribuir na mesma moeda - mas, a maioria das vezes, mantenho-me no silêncio do anonimato.
(decerto que, se eu fosse versado em Filosofia/Psicologia/..., aqui já teria espetado com uma citação de algum
filósofo/psicólogo/... famoso, que seguramente já terá abordado este assunto com que me debato.

Essa é outra das coisas que me perturba - saber que provavelmente alguém já pensou no mesmo que eu, mas não o
exteriorizou, e se calhar nunca o irá fazer (assim como provavelmente EU também não o farei!). Caramba, provavelmente já
estaríamos a conduzir carros voadores em Marte por esta altura... (ou talvez não!)

E o "ou talvez não" tem um fundo de verdade. Porque se nós vamos estar a anotar todo e qualquer pensamento, por mais
ínfimo que seja, estamos a utilizar algum do nosso (finito) tempo para repetir algo que já vimos, que já pensámos -
estamos a pegar na coisa que congeminámos há pouco e a passá-la para o papel (ou outro meio equivalente). E não
avançamos tão rapidamente quanto queríamos.

Há alguém que disse uma frase célebre "Cada homem é uma ilha." E cada vez concordo mais com ele, somos ilhas cuja
política de emigração/obtenção de visas é extraordinariamente limitada. E, para terminar, como qualquer discussão
filosófica de jeito, apenas apresentei argumentos e contra-argumentos, para no fim não me conseguir decidir por nenhum
dos lados. Enfim.