Que é isto, meus senhores? O blogue volta à vida? Ao fim de tantos anos dormente, em que os únicos updates foram mesmo fotos do Flickr por descargo de consciência, eis que escrevo qualquer coisa concreta aqui, com mais de duas linhas!
Tenho sérias dúvidas que esta fase persista durante muito tempo (deu para ver o que aconteceu com o meu set do Flickr, "a photo a day" - por mais que eu ache fascinante a ideia de publicar uma foto por dia, para depois ao fim de largos anos recordar, a azáfama do dia-a-dia e a preguiça que me caracteriza por vezes juntam forças para me impedir de concretizar a simples e trivial tarefa de colocar uma mísera foto por dia (que até pode ser tirada com o meu telemóvel!)).
Deixa-me distanciar-me, fazer um novo parágrafo, porque ali já há parêntesis a mais... provavelmente uma das razões pelas quais deixei de escrever aqui foi mesmo por ter medo de assustar os meus potenciais leitores (vocês existem? Eu sei que existem, nem que sejam só os webcrawlers das search engines...) com a minha pontuação criativa.
Anyway (outro problema, começar uma frase em inglês e acabá-la em português... isto está bonito, está!), quem é meu contacto/amigo já sabe que me encontro exilado da Mãe Pátria há já alguns meses, mas para quem ainda não soubesse fica aqui a mensagem. E isto talvez explique parte da minha motivação para estar a escrever aqui... após ter falhado miseravelmente a escrever um logbook pessoal da minha estadia aqui em Kent - talvez porque, por ser pessoal, eu detalhe em demasia os acontecimentos vividos, e depois lá volto ao problema do parzinho "azáfama-preguiça" acima mencionado - vou tentar escrever uma coisa mais leve, em jeito de pensamentos soltos e publicáveis e que, dado o facto de me encontrar fora do meu "habitat natural", quiçá me sinta mais tentado a escrever e a não deixar isto morrer.
Fica a mensagem... claro que a coisa não é tão simples como o Fernando Pessoa diz no início da Mensagem, porque eu posso sonhar tudo o que me apeteça (não que tal tenha acontecido muito ultimamente, não sei bem porquê, que eu até costumava ter uns sonhos muito criativos!...) mas a obra não nasce assim por geração espontânea. Se calhar, Deus não quer...
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