Não branqueiem os votos em branco - Ensaio Geral
Ora cá está um artigo muito bem escrito. E não podia concordar mais com o dito...
A expressão máxima de revolta contra a situação política actual é mesmo o voto em branco. Se uma pessoa está descontente com todos os partidos, com a situação política, por que raio irá votar num deles?! Vota em branco, obviamente.
E não me venham com histórias de que abstenção == voto em branco, que isso não faz sentido absolutamente nenhum. Uma pessoa que vai votar, cumpre o seu dever enquanto cidadão (sim, porque votar não é um direito, mas sim um dever enquanto cidadão consciente numa democracia! Convém não esquecer isso.) e exprime a sua opinião, dizendo basicamente que são necessárias reformas elementares no sistema partidário, vai dar ao mesmo que uma pessoa que vote no PS, PSD, ou qualquer um dos outros. Abster-se é diferente - é dizer que se está completamente nas tintas para o futuro do país, para a sua situação política - mais valia mudar de nacionalidade, porque não está satisfeita com a cidadania corrente.
E eu, tal como o Ricardo, andei à procura das estatísticas dos votos em branco. Nem no site oficial das europeias se encontrou o que quer que seja referente a essa escolha, o que é grave. Pelas contas do Ricardo (com dados retirados da Wikipédia) os votos em branco rondam os 6.63% (contando igualmente com os votos nulos). Ora, como ele diz (e muito bem):
E se somarmos os votos nulos aos votos em branco, ficamos com 6,63%. Como podem ignorar estes números, se aqueles votos representam mais que a soma de todos os partidos com menos votos que o CDS?
É bem... pelos vistos andam a esconder 6.63% dos votos. Belo trabalho, não haja dúvida! (e ainda nos queixamos das "democracias" africanas...)
No comments:
Post a Comment